A hiperprolactinemia é uma condição caracterizada pelo aumento anormal dos níveis do hormônio prolactina no sangue.
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, localizada na base do cérebro, e desempenha um papel fundamental na regulação de diversas funções no organismo, especialmente relacionadas ao sistema reprodutivo.
Quem é o Dr. Igor?
Sou médico endocrinologista, apaixonado pela investigação diagnóstica e comprometido em oferecer um atendimento detalhado, individualizado e de alta qualidade.
Acredito que cada paciente é único e, por isso, minha abordagem vai além dos sintomas, buscando compreender a raiz dos problemas para oferecer soluções eficazes e personalizadas.
Minha fascinação pelo mistério da investigação diagnóstica foi o que me levou à Endocrinologia, uma especialidade onde cada pequeno detalhe faz a diferença no momento de diagnosticar e tratar.
Com um olhar minucioso e embasado nas melhores evidências científicas, busco proporcionar não apenas o controle das doenças endócrinas, mas também mais saúde, equilíbrio e qualidade de vida aos meus pacientes.
Sou formado pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro/RJ. Realizei residência médica em Clínica Médica no Hospital Adventista Silvestre (RJ) e, posteriormente, especializei-me em Endocrinologia por meio da residência médica na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, no Hospital Regional de Taguatinga.
Se você busca um atendimento endocrinológico humanizado, criterioso e pautado na ética, excelência, e na medicina baseada em evidências, estou aqui para te ajudar!

O que os pacientes falam do Dr. Igor?
📌 Função da Prolactina no Organismo
A principal função da prolactina é estimular a produção de leite materno (lactação) após o parto. No entanto, ela também está envolvida em outras funções, como:
🔹 Regulação do ciclo menstrual nas mulheres.
🔹 Modulação da função reprodutiva, atuando na inibição da ovulação durante a amamentação.
🔹 Influência no metabolismo, sistema imunológico e comportamento.
Os níveis de prolactina no sangue normalmente variam ao longo do dia e podem aumentar de forma transitória em situações como:
✅ Durante o sono.
✅ Após exercícios físicos intensos.
✅ Durante episódios de estresse ou dor.
✅ Após relações sexuais.
No entanto, quando a prolactina permanece elevada fora do período gestacional ou de amamentação, isso pode indicar um distúrbio hormonal subjacente que necessita de avaliação médica.
📌 Por que a Hiperprolactinemia é um Problema?
O excesso de prolactina pode levar a uma série de sintomas e complicações, especialmente no sistema reprodutivo e metabólico.
Em mulheres, pode causar irregularidade menstrual, infertilidade e produção de leite fora da gestação(galactorreia).
Nos homens, pode levar a disfunção erétil, infertilidade e redução da libido.
Além disso, níveis elevados de prolactina podem estar associados a tumores da hipófise (prolactinomas) e outras doenças hormonais que necessitam de investigação e tratamento.
A hiperprolactinemia é uma condição que pode ter múltiplas causas, e sua abordagem deve ser individualizada, com diagnóstico preciso e acompanhamento por um endocrinologista.
Causas da Hiperprolactinemia
A hiperprolactinemia pode ser causada por diversos fatores, que podem ser classificados em três principais categorias: fisiológicas, medicamentosas e patológicas.
Identificar a causa é essencial para um tratamento adequado, pois nem sempre o aumento da prolactina representa um problema de saúde grave.
📌 Causas Fisiológicas
Em algumas situações, o aumento da prolactina no sangue é normal e não indica doença. Esse tipo de hiperprolactinemia ocorre em respostas naturais do organismo e não requer tratamento específico. As principais causas fisiológicas incluem:
✅ Gravidez: Durante a gestação, os níveis de prolactina aumentam progressivamente para preparar o organismo para a amamentação.
✅ Amamentação: Após o parto, a prolactina continua elevada para estimular a produção de leite materno.
✅ Estresse: O estresse físico ou emocional pode causar aumentos temporários da prolactina, pois o hormônio é influenciado pelo sistema nervoso central.
✅ Sono: A produção de prolactina aumenta durante o sono, especialmente nas primeiras horas da madrugada.
✅ Exercícios físicos intensos: Atividades físicas extenuantes podem estimular a liberação de prolactina temporariamente.
Essas elevações fisiológicas costumam ser transitórias, e os níveis de prolactina retornam ao normal sem necessidade de intervenção médica.
📌 Causas Medicamentosas
Diversos medicamentos podem interferir na regulação da prolactina, aumentando sua liberação ou reduzindo sua inibição. Entre os principais medicamentos associados à hiperprolactinemia, destacam-se:
💊 Antidepressivos (ex.: fluoxetina, sertralina, amitriptilina, venlafaxina) – afetam os neurotransmissores dopaminérgicos, que regulam a prolactina.
💊 Antipsicóticos (ex.: risperidona, haloperidol, olanzapina) – bloqueiam a ação da dopamina, que é responsável por inibir a produção de prolactina.
💊 Anti-hipertensivos (ex.: metildopa, verapamil) – podem interferir na regulação hormonal da hipófise.
💊 Opioides (ex.: morfina, tramadol) – reduzem a inibição dopaminérgica, favorecendo o aumento da prolactina.
💊 Antieméticos (ex.: metoclopramida, domperidona) – frequentemente usados para náuseas e vômitos, esses medicamentos podem elevar significativamente os níveis de prolactina.
Quando a hiperprolactinemia é induzida por medicamentos, o médico pode avaliar a possibilidade de ajustar a dose ou substituir a medicação para normalizar os níveis hormonais.
📌 Causas Patológicas
Quando a prolactina está elevada sem uma explicação fisiológica ou medicamentosa, pode haver um problema de saúde subjacente. As principais causas patológicas incluem:
🔹 Adenomas Hipofisários (Prolactinomas)
Os prolactinomas são tumores benignos da hipófise que produzem prolactina em excesso. São a causa mais comum de hiperprolactinemia patológica e podem ser classificados em:
- Microprolactinomas (< 1 cm) – geralmente causam sintomas leves e respondem bem ao tratamento medicamentoso.
- Macroprolactinomas (> 1 cm) – podem causar sintomas mais graves, como alterações visuais e dores de cabeça, devido à compressão das estruturas cerebrais próximas.
O diagnóstico é feito por meio da dosagem de prolactina no sangue e ressonância magnética da hipófise.
O tratamento pode envolver o uso de medicamentos como agonistas dopaminérgicos (cabergolina ou bromocriptina) ou, em alguns casos, cirurgia.
🔹 Hipotireoidismo Primário
Quando a tireoide não produz hormônios suficientes (T3 e T4), ocorre um aumento do hormônio TRH (hormônio liberador de tireotropina), que pode estimular a secreção de prolactina.
➡️ Pacientes com hipotireoidismo não tratado podem apresentar níveis elevados de prolactina.
➡️ O tratamento adequado com reposição de levotiroxina geralmente normaliza os níveis hormonais.
🔹 Insuficiência Renal ou Hepática
Pacientes com doenças renais ou hepáticas crônicas podem apresentar hiperprolactinemia porque esses órgãos são responsáveis pela metabolização e eliminação da prolactina.
Quando essas funções estão comprometidas, o hormônio pode se acumular no sangue.
🔹 Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
A SOP é uma condição que pode estar associada a elevações leves da prolactina.
Embora a causa exata dessa relação não seja totalmente compreendida, acredita-se que o desequilíbrio hormonal da SOP possa interferir no funcionamento da hipófise.
📌 Em mulheres com SOP e hiperprolactinemia leve, a avaliação deve ser cuidadosa para diferenciar se a prolactina elevada é um achado incidental ou se há outra condição associada.
Sintomas da Hiperprolactinemia
A hiperprolactinemia pode causar uma ampla variedade de sintomas, afetando o sistema reprodutivo, metabólico e até o funcionamento do sistema nervoso central.
A gravidade dos sintomas depende dos níveis de prolactina e da causa subjacente.
Como a prolactina está diretamente envolvida na regulação dos hormônios sexuais, seus efeitos são diferentes em homens e mulheres.
Além disso, pacientes com tumores da hipófise podem apresentar sintomas adicionais devido à compressão das estruturas cerebrais próximas.
📌 Sintomas em Mulheres
Nas mulheres, a hiperprolactinemia interfere principalmente na regulação do ciclo menstrual e na função ovariana, podendo levar a sintomas como:
🔹 Irregularidade menstrual ou ausência de menstruação (amenorreia): A prolactina elevada inibe a secreção dos hormônios FSH e LH, essenciais para o funcionamento dos ovários. Isso pode resultar em ciclos menstruais irregulares ou até na ausência completa de menstruação.
🔹 Produção de leite fora da gestação/amamentação (galactorreia): O excesso de prolactina pode estimular as glândulas mamárias a produzirem leite, mesmo em mulheres que não estão grávidas ou amamentando.
🔹 Infertilidade: A inibição da ovulação causada pela prolactina elevada pode dificultar ou impedir a concepção, levando à infertilidade em algumas mulheres.
🔹 Redução da libido e ressecamento vaginal: A hiperprolactinemia pode reduzir os níveis de estrogênio, causando diminuição do desejo sexual, ressecamento vaginal e até desconforto durante as relações sexuais.
🔹 Dores de cabeça e distúrbios visuais: Quando a hiperprolactinemia é causada por um tumor da hipófise (prolactinoma), o crescimento do tumor pode comprimir estruturas cerebrais próximas, resultando em cefaleia crônica e alterações visuais, como visão embaçada ou perda do campo visual lateral.
📌 Sintomas em Homens
Nos homens, a prolactina elevada pode impactar a produção de testosterona e a função dos testículos, resultando nos seguintes sintomas:
🔹 Disfunção erétil e redução da libido: A prolactina elevada reduz a produção de testosterona, levando à diminuição do desejo sexual e a dificuldades na ereção.
🔹 Infertilidade: A prolactina alta pode interferir na produção de espermatozoides, resultando em baixa contagem espermática e infertilidade.
🔹 Ginecomastia (crescimento das mamas): A hiperprolactinemia pode levar a um desequilíbrio hormonal que causa o aumento das mamas nos homens.
🔹 Dores de cabeça e distúrbios visuais: Quando a hiperprolactinemia é causada por um tumor da hipófise (prolactinoma), o crescimento do tumor pode comprimir estruturas cerebrais próximas, resultando em cefaleia crônica e alterações visuais, como visão embaçada ou perda do campo visual lateral.
📌 Outros Sintomas Possíveis
📌 Osteoporose e redução da densidade óssea: Como a prolactina elevada pode diminuir os níveis de estrogênio nas mulheres e de testosterona nos homens, há um maior risco de perda óssea e desenvolvimento de osteoporose ao longo do tempo.
📌 Fadiga e fraqueza: A redução dos hormônios sexuais pode contribuir para a sensação de cansaço excessivo e perda de energia.
📌 Alterações emocionais: Alguns pacientes relatam sintomas como ansiedade, depressão e dificuldades de concentração, possivelmente relacionados ao impacto hormonal da prolactina elevada.
Diagnóstico da Hiperprolactinemia
O diagnóstico da hiperprolactinemia envolve a avaliação clínica, exames laboratoriais e exames de imagem.
O objetivo é determinar a causa do aumento da prolactina e descartar possíveis condições associadas, como distúrbios da hipófise e doenças sistêmicas.
📌 Exames Laboratoriais
🔍 Dosagem de Prolactina no Sangue
O primeiro passo para diagnosticar a hiperprolactinemia é a medição dos níveis de prolactina no sangue. Esse exame deve ser realizado com alguns cuidados para evitar falsos positivos, pois a prolactina pode sofrer elevações transitórias devido a fatores como estresse, sono e manipulação das mamas.
✅ Recomendações para o exame:
✔️ Realizar o exame pela manhã (preferencialmente entre 8h e 10h).
✔️ Jejum de 8 a 12 horas antes da coleta.
✔️ Permanecer em repouso de 30 minutos antes da coleta, pois o estresse e a atividade física podem elevar a prolactina.
✔️ Evitar relação sexual e estimulação das mamas no dia anterior ao exame.
Se a prolactina estiver ligeiramente elevada, o exame pode ser repetido para confirmar a alteração e excluir fatores transitórios.
🔍 Avaliação da Função Tireoidiana (TSH e T4 Livre)
O hipotireoidismo primário pode causar hiperprolactinemia, pois a deficiência de hormônios tireoidianos leva a um aumento compensatório do TRH (hormônio liberador de tireotropina), que pode estimular a produção de prolactina pela hipófise.
✅ Exames necessários:
✔️ TSH (Hormônio Tireoestimulante) – avalia o funcionamento da tireoide.
✔️ T4 Livre – mede a quantidade de hormônio tireoidiano circulante.
Se houver hipotireoidismo, a reposição de levotiroxina pode normalizar os níveis de prolactina.
📌 Exames de Imagem
Quando a prolactina está significativamente elevada (geralmente acima de 100 ng/mL), ou se houver sinais clínicos sugestivos de tumor hipofisário (prolactinoma), são indicados exames de imagem para avaliar a hipófise.
🔍 Ressonância Magnética (RM) da Hipófise
A ressonância magnética (RM) com contraste é o exame mais indicado para investigar a presença de tumores na hipófise. Esse exame permite visualizar prolactinomas (tumores produtores de prolactina) e outras alterações estruturais.
✅ A RM pode identificar:
✔️ Microprolactinomas (< 1 cm) – geralmente causam sintomas mais leves.
✔️ Macroprolactinomas (> 1 cm) – podem provocar compressão de nervos ópticos, causando alterações visuais e dores de cabeça.
✔️ Outras lesões hipofisárias que podem interferir na regulação da prolactina.
Se um prolactinoma for identificado, o tratamento pode incluir medicação com agonistas dopaminérgicos, cirurgia ou radioterapia, dependendo do tamanho e da resposta ao tratamento clínico.
✅ Lembre-se de que cada exame só deve ser realizado sob indicação médica!
📌 Diagnóstico Diferencial
Além das causas mais comuns, algumas condições podem levar à elevação da prolactina, e devem ser investigadas caso necessário:
📌 Macroprolactinemia:
- Algumas pessoas apresentam níveis elevados de prolactina devido à presença de macroprolactina, uma forma inativa do hormônio.
- Esse quadro não causa sintomas e não necessita de tratamento.
📌 Doenças Sistêmicas:
- Insuficiência renal crônica e doenças hepáticas podem reduzir a eliminação da prolactina, levando a níveis elevados no sangue.
- O tratamento da doença de base pode ajudar a normalizar a prolactina.
Tratamento da Hiperprolactinemia
O tratamento da hiperprolactinemia depende da causa subjacente e da presença ou não de sintomas.
Em alguns casos, quando a elevação da prolactina é leve e não há impacto na saúde do paciente, nenhuma intervenção pode ser necessária.
No entanto, quando os níveis elevados de prolactina causam sintomas como irregularidade menstrual, infertilidade, disfunção sexual ou galactorreia, é fundamental buscar um tratamento adequado.
📌 Abordagem do Tratamento
✅ Casos Leves e Assintomáticos
Se a hiperprolactinemia for leve, sem sintomas e sem uma causa patológica identificada, pode ser apenas acompanhada pelo endocrinologista, sem necessidade de intervenção imediata.
✅ Hiperprolactinemia Causada por Medicamentos
Certos medicamentos, como antidepressivos, antipsicóticos e opioides, podem elevar os níveis de prolactina. Se esse for o caso, o médico pode avaliar a possibilidade de ajustar a dose ou substituir o medicamento, sempre considerando os benefícios e riscos dessa troca.
✅ Hipotireoidismo Primário
Quando a hiperprolactinemia é consequência de hipotireoidismo, a reposição do hormônio tireoidiano (levotiroxina)corrige o problema e normaliza os níveis de prolactina.
✅ Prolactinomas (Tumores da Hipófise que Produzem Prolactina)
O prolactinoma é a principal causa patológica de hiperprolactinemia e pode ser tratado de diferentes formas:
📌 Tratamento Medicamentoso (Primeira Linha de Tratamento)
Os agonistas dopaminérgicos, como cabergolina e bromocriptina, são os medicamentos de escolha para reduzir os níveis de prolactina e, em muitos casos, diminuir o tamanho do tumor.
✔️ Cabergolina – geralmente a primeira opção, devido à maior eficácia e menor frequência de efeitos colaterais.
✔️ Bromocriptina – usada em alguns casos, mas pode causar mais efeitos adversos gastrointestinais.
Esses medicamentos ajudam a normalizar a prolactina, restaurar a fertilidade e reduzir os sintomas da hiperprolactinemia.
📌 Cirurgia (Casos Selecionados)
A cirurgia para remover um prolactinoma pode ser indicada em casos raros, quando:
✔️ O tumor não responde ao tratamento medicamentoso.
✔️ Há efeitos colaterais severos com os medicamentos.
✔️ O tumor está causando compressão de nervos ópticos e prejudicando a visão.
O procedimento é realizado por meio de cirurgia transesfenoidal, acessando a hipófise pelo nariz, minimizando o risco de complicações.
📌 Radioterapia (Última Opção)
A radioterapia pode ser considerada apenas em casos extremamente raros, quando o prolactinoma não responde nem ao tratamento medicamentoso, nem à cirurgia.
📌 Importância do Acompanhamento com o Endocrinologista
O tratamento da hiperprolactinemia deve ser individualizado!
O endocrinologista avalia a causa da doença, a necessidade de tratamento e o melhor acompanhamento para cada paciente.
O monitoramento regular dos níveis de prolactina e a realização de exames de imagem (quando necessário) ajudam a garantir o sucesso do tratamento e evitar complicações, como infertilidade, osteoporose e disfunções hormonais.
Se você apresenta sintomas de hiperprolactinemia ou tem dúvidas sobre sua saúde hormonal, procure um especialista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado!